Crie Solos Viola Aula 3
Olá, amigos violeiros e violeiras! Eu sou o Marcos Duprá, da Primeiros Acordes, e estou aqui para apresentar o terceiro episódio da nossa série A Danada da Viola Caipira. Todos os sábados, às 10h da manhã, temos um encontro marcado para explorar os encantos da viola, conhecer os grandes mestres e aprender algo novo. Então, já anota na sua agenda e vem com a gente!
Neste episódio, seguimos desvendando os segredos da criação de solos na viola caipira, homenageamos o lendário Bambico no quadro Mestre Violeiro, analisamos a canção "Brincando com a Viola" no quadro Ouça a Danada e, claro, respondemos às perguntas que você nos deixou no YouTube e no Instagram.
O Motivo Melódico: O Coração da Melodia
Nos episódios anteriores, já exploramos várias ferramentas para construir um solo. Agora, chegou a vez de falar sobre uma ferramenta fundamental: o motivo melódico.
O motivo melódico é a menor célula de uma melodia — uma ideia rítmica que pode ser repetida e desenvolvida. É, por assim dizer, o coração da melodia. Para ilustrar isso, pense no clássico tema da 5ª Sinfonia de Beethoven: tan-tan-tan-tan... Ainda que as notas mudem, o ritmo permanece. Isso é um motivo melódico.
Vamos aplicar isso na viola. Pegamos a melodia de Luar do Sertão e observamos seu ritmo característico. Mesmo mudando as notas, o ritmo nos dá uma estrutura sólida para criar um novo solo. Com isso em mente, definimos novas notas-alvo sobre os acordes e usamos os desenhos de escala aprendidos nos episódios anteriores como ponte.
O resultado? Um solo totalmente original, mas com uma base rítmica familiar. Isso mostra como o motivo melódico pode ser usado como uma ferramenta poderosa de criação — mantendo a coerência da melodia, mesmo com novas notas.
Mestre Violeiro: Quem Foi Bambico?
No quadro Mestre Violeiro, o homenageado da vez é Bambico, um dos maiores violeiros da história da música caipira — apesar de ainda pouco conhecido pelo grande público.
Nascido Domingos Miguel dos Santos, em 1944, e falecido precocemente em 1982, Bambico era um músico de estúdio extremamente talentoso. Tocava viola, violão, cavaquinho, teclado e sanfona. Acompanhou diversos artistas renomados, e muitos arranjos de Tião Carreiro, por exemplo, foram assinados por ele.
Sua discografia solo é pequena, com destaque para o álbum "Função de Violeiro" (1979), onde demonstra toda a sua técnica. Existe ainda um disco póstumo chamado "Brincando com a Viola", que é, na verdade, uma coletânea do anterior. No programa Viola, Minha Viola, ainda é possível encontrá-lo tocando ao vivo — um verdadeiro tesouro para quem quer aprender com os mestres.
Ouça a Danada: Brincando com a Viola
No quadro Ouça a Danada, analisamos a canção "Brincando com a Viola", de Bambico. Considero essa música uma verdadeira aula de escalas na viola.
Ela mostra como é possível caminhar por todo o braço do instrumento utilizando desenhos de escala bem definidos, além de apresentar um ritmo característico do cururu, cheio de síncopes e balanço brasileiro. Isso ensina que, para além de conhecer as escalas, é essencial ter senso rítmico.
Por isso, escutar o Bambico tocando é essencial para absorver não só as notas, mas o estilo, a intenção musical. A técnica aliada à expressividade faz de "Brincando com a Viola" uma referência obrigatória.
Respondendo Perguntas da Comunidade
Chegou a hora de interagir com vocês! Selecionamos algumas perguntas enviadas pelos nossos seguidores:
Édio Tomás Maia pergunta:
"Professor, aprendi alguns acordes anos atrás, mas tenho muita dificuldade na batida. O curso pode me ajudar com isso?"
Sim! Nosso curso foi feito justamente para desenvolver a mão direita de forma progressiva. Se você aprendeu apenas um ritmo — como a guarânia —, é natural que todas as músicas soem parecidas. No curso, você aprende um ritmo por vez, pratica com músicas específicas e avança no seu tempo. Não é necessário aprender todos os ritmos de uma vez.
Genilsa Santos Vasconcelos comenta:
"Meu sonho é aprender, mas parece sacanagem, não consigo memorizar nada!"
Entendo seu sentimento. Primeiramente, reflita se aprender por vídeo funciona para você. Há quem precise do contato direto com o professor via webcam para avançar. Em segundo lugar, descubra qual é o seu tipo de memória: visual, auditiva, sensorial? Isso faz toda a diferença.
Outro ponto importante é seguir um método. Pular de vídeo em vídeo, de professor em professor, acaba confundindo. Cada professor tem uma lógica, uma ordem didática. Siga um caminho por vez, com constância, e você verá progresso.
Encerramento
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Nos vemos no próximo sábado, às 10h da manhã, na Danada da Viola Caipira!